Conversando com Dhenner e Jordes, parceiros do Kalango Alpha, decidimos fazer algumas mudanças como melhorar a qualidade dos vídeos, diversificar e ousar em outras mídias como é o caso dos podcasts ainda um pouco experimentais e escrever resenhas de algo fuja do eixa anime e mangá. Pois bem, nesse primeiro semestre de 2017 o que poderá sair são textos voltados à cultura pop em geral. Então, por que não falar sobre um dos quadrinhos mais bacanas que já li? Sim, trata-se do Dylan Dog!
...O Que é Esse 'Barato'?
Dylan Dog é um fumetti de terror roteirizado por Tiziano Sclavi e inicialmente desenhado por Angelo Stano publicado pela Sergio Bonelli Editore desde o ano de 1986 na Itália.
...Do Que Trata Este 'Barato'?
Na velha vidade de Londres, na metade dos anos 1980, um ex-policial chamado Dylan Dog trabalha como detetive particular. Contando com a ajuda de seu nem tão fiel ajudante, Groucho Marx, investigam os casos que vão além do convencional, envolvendo quase sempre fenômenos sobrenaturais, místicos e coisas que nem mesmo os nossos heróis conseguem explicar no final das contas...
É, continua bastante vago. E ficará assim se você próprio não ler os HQs. "Por que você procuraria os HQs?". Ora, leia a resenha e perceba por si só.
Um dos hobies do nosso herói: tocar clarinete. |
Um 'Fumetti' em Minha Vida
Da mesma forma que chamamos histórias em quadrinho de Gibí aqui no Brasil, os norte-americanos chamam de Comic Books, sendo conhecido no Japão como Mangá. Na Itália, os quadrinhos são chamados de Fumetti, uma vez que o balão de fala dos personagens se assemelha a nuvens de fumaça (fumetti = fumaça em italiano) e é exatamente daí que vem o nome.
Uma imagem vale mais que mil palavras. Melhor definição de Fumetti não há. |
Os fumetti saíram da Itália e ganharam o mundo a partir da Sergio Bonelli Editore com os títulos: Nathan Never, Dylan Dog, Mister No, e os já conhecidos Tex e Zagor.
Dylan Dog é publicado pela editora Sergio Bonelli e escreva o que estou "dizendo": aguarde por lançamentos de novas aventuras nesse ano de 2017. Os italianos continuam publicando novos fumettis do detetive inglês.
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Encontrei um número aleatório do Dylan Dog, vale à pena comprar?
Os quadrinhos não seguem ordem cronológica. Se há algum arco principal que se desenrola em rcos secundários ignoro totalmente, a única diferença é que desde sua crição há vários artistas que deram vida ao investigador inglês. Então se você topar com algum gibi avulso basta comprar e se divertir, pois cada quadrnho tem um arco fechado de início-meio-fim, de modo que qualquer leitor, seja novato ou um consumidor contumaz, poderá apreciar o fumetti.
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Tex? Conheço. Mas Nunca Ouvi Falar em Dylan Dog!
Acho dificil entender o fato de que Dylan Dog não foi popular em terras tupiniquins. Tentativas não faltaram para publicar o fumetti de terror, contudo devido ao alto valor cobrado (não pergunto quanto, pois não sei converter cruzeiro em real) somada a baixa qualidade de impressão e pouca divulgação, o título acabava sendo cancelado. A primeira tentativa foi pela Editora Record em meados de 1992 contando com apenas 11 volumes simples mais 2 especiais. Houve um volume único especial publicado pela Editora Globo em 1993, marcando a segunda aparição do presente título. Em 2002, a Editora Conrad lançou 6 volumes, dentre eles só 3 inéditos e cancelou posteriores publicações (novidade para a Conrad). Num quarto momento chega a Editora Mythos, responsável pela publicação de 40 volumes mais 6 coletâneas.
Edição ela Record... |
Atenção: A Editora Lorentz trará 3 edições de Dylan Dog nesse ano de 2017!
Deu pra perceber que se em num momento o material estava pouco acessivel ao público, no outro as o público é que ignorou o título, visto que é incrivelmente comum entrar numa banquinha e ver um Tex, outro fumetti da Sergio Bonelli Editore que fora verdadeiramente abraçado pelos brasileiros. E mais uma vez, lembre-se: Dylan Dog é massa pra carvalho! foi sucesso no mundo todo, exceto aqui.
...Pela Mythos (Formatinho)... |
Dentre todos os quadrinhos europeus, a obra de Tiziano Sclavi é de altíssima qualidade, sobretudo pelo roteiro cuidadoso e imprevisível que se tornou marca registrada desse título. Sim, imprevisível define Dylan Dog. Nem sempre há um realmente um monstro a se combater, da mesma forma que nem todos os clientes são o que aparecem ser, e no decorrer do fumetti fatos novos são agregados: referências literárias, 'flashbacks' que completam passagens pouco elucidativas etc.
...Pela Conrad. |
A única coisa que se repete em Dylan Dog é o fato dos clientes do nosso herói tendem a ser mulheres. Na verdade, todos os clientes são mulheres jovens e atraentes. E tem mais: [SPOILER ALERT] o senhor Dog fornica com suas clientes quase sempre (bem, agora sabemos que não e por causa dos monstros, fantasmas e alienígenas que o investigador tem uma vida agitada)
Curiosidade: um dos grandes nomes da litaratura italiana contemporânea, o já falecido Umberto Eco, era fã desse HQ.
Nas páginas desse número, o próprio Umberto Eco foi personagem de uma aventura de Dylan Dog. |
O Investigador do Pesadelo nos Cinemas!
Em 1994 fora produzido Dellamorte Dellamore, Cemitery Man para os estrangeiros, filme baseado em um romance escrito por Tiziano Sclavi. O pessoal da época encarou Cemitery Man como sendo uma película baseada nos quadrinhos de Dylan Dog. Não opinarei aqui por haver ressalvas.
Cartaz do filme Dellamorte Dellamore, a.k.a Cemitery Man |
Contudo, no ano de 2011 Hollywood fez uma adaptação das aventuras do detetive londrino para os cinemas e cara (ou mina) para um gibi estrangeiro receber uma homenagem dessas nos faz pensar no quão relevante Dylan Dog é/foi para o mercado de HQs dos Estados Unidos.
Foi o Hype desse filme que conheci Dylan Dog |
Acredito que no futuro farei uma resenha específica acerca desse filme, aguardem.
Considerações Finais. Indico isto a (à)...
Leia. Indicado aos fãs de Scooby-Doo pelas formas inteligentes de elucidação de um mistério. Indicado aos fãs de Goosebumps e afins pela adição de monstros e outros elementos sobrenaturais que entretêm aquele que acompanha a trama. Indicado aos amantes da boa literatura, pelas referências quase que constantes à Edgar Allan Poe, H.P Lovecraft e outros gênios mundiais sem parecer pedante. Indicado aos leitores descompromissados que procuram por algo novo. Indicado aos que já acompanham Mister No, Nathan Never, Tex e afins. E indicado principalmente você, nobre leitor, por ter chegado até esse ponto da resenha.
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Clovis de Castro escreveu a resenha e lê Dylan Dog toda meia-noite de sexta-feira 13 à luz de velas.
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