Hi, reader lizard.
Neste primeiro publicado, gostaria de
trazer uma experiência interessante que tive nos últimos dias, quando assisti uma
obra já bem conhecida no mundo todo, mas que nunca havia chegado até mim (por
alguma razão).
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Alerta de Spoiler!
Como há mais de 10 anos do lançamento
original, peço licença literal para comentar (com spoilers) o filme, Doramon:
Nobita e os sete magos.
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Doraemon: Nobita e os sete magos (2007, Toho Co.) |
A produção conta com uma bela animação,
perceptível já nos primeiros segundos, onde percebemos o surgimento de um
buraco negro gigante que vem em direção à Terra. A descoberta fica por conta do professor
Mangetsu e sua filha Miyoko, quem se encarregam de informar aos líderes
mundiais.
O filme em questão foi lançado em 2007 no Japão, conquistando a segunda maior bilheteria de um
filme de anime naquele ano. O filme é também uma releitura de uma história já
contada (em Doraemon) em 1984.
A história, como toda a franquia, segue em
torno do garoto Nobita, o protagonista juntamente com Doraemon (um gato que
veio do futuro cheio de ciência pra lá de mágica). Convenhamos que Nobita é um
garoto mimado, muito irritante e como vemos, também bem burrinho ou (no mínimo)
não esforçado o suficiente para alcançar qualquer êxito. Tanto é, que essa sua
peculiaridade põe em perigo o mundo inteiro.
Nobita, por acaso, assiste na televisão um
programa de magia e tem a brilhante ideia de que precisa de magia para arrumar
o seu quarto, ao invés de arrumá-lo com as próprias mãos. É quando, encabulado
com o mundo real, convence a Doraemon a usar o “orelhão do faz de conta”, um
artefato que permite que se possa dar vida à imaginação, e consequentemente,
faz com que possam criar um mundo paralelo onde a magia substitui a ciência,
ao ponto de que a própria seja considerada superstição.
Dorami, Shizuka, Nobito, Miyoko,Gian
e Suneo, à frente Doraemon e Miyoko transformada em gato. |
Nesse momento cai do céu estátuas de
pedra do Doraemon e de Nobita - e eu os digo, guarde estas estátuas na memória,
pois tá com cara de que serão importantes. Mas apesar de chamar a atenção, a
discussão sobre o que elas significam é deixada de lado quando Doraemon guarda
as estátuas dentro de seu bolso futurístico.
Ainda naquela noite Doraemon acorda com
uma forte dor de barriga e precisa voltar às pressas ao século XXII, onde é
recepcionado por sua irmã Dorami. Mas logo volta ao tempo atual, assim que percebe que a dor vai embora.
Ao regressar, Nobita faz seu pedido no
orelhão do faz de conta, e sugere que, enfim, o mundo da magia seja real. Após
a materialização deste mundo de magia, Nobita – que já podemos chamar de grande
gênio – percebe que não consegue usar a magia, pois esta também precisa ser
aprendida. Este mundo, na verdade, é uma inversão entre ciência e magia, então,
as vassouras são como as bikes, os tapetes voadores são como os carros e as
levitações dos objetos são como problemas matemáticos do ensino fundamental.
Nobita está predestinado a aprender alguma
coisa, mas não tem Shin-KaRa-Hoi que dê jeito. O máximo que ele consegue é levantar
a saia da sua amiga Shizuka (que é só uma piada esquisita feita pra dar censura), quando percebem
algo flamejante caindo do céu. Tratava-se de Medusa, uma fiel comandada do Rei
Demônio, o grande vilão da história.
Nobita, Doraemon, Shizuka e seus amigos
Goda e Suneo se encontram com uma garota com carteira pra dirigir tapete voador
(ou CNH, como preferir). Essa garota é ninguém mais, ninguém menos que Miyoko,
que neste mundo reverso é filha de um pastor (já que padre não podem ter
filhos) e não mais de um astrofísico, e os convidam para ir até sua casa (a
igreja).
O (agora) pastor Mangetsu os revela que o
“Planeta Diabólico” (pode ser compreendido como uma nave alienígena, mas faz
paralelo com o buraco negro do mundo real) está se aproximando da Terra e a
tomarão para si, transformando o mundo inteiro no inferno.
Aqui, bem na sala de jantar, descobrimos
que a Miyoko, quando bem pequena, foi acometida por alguma enfermidade que lhe
causaria a morte, mas foi salva por sua mãe, por meio de um pacto, dando em
troca a sua vida -até esqueci que era história infantil.
Há cinco mil anos, um homem chamado
Nardiades selou o poder dos demônios, e seu método foi escrito num tomo mágico
e está escondido em algum lugar por aí, dizem as lendas. É o que nos conta o
pastor Mangetsu.
À noite, a casa de Miyoko e seu pai é
atacada por Medusa, o que causa um grande temporal seguido de tremores de
terra, chamando a atenção dos protagonistas, que ao se dirigirem à igreja eles
percebem que tudo está destruído. Eles são recepcionados por um demônio, até que surge a Miyoko e os salva do perigo iminente, revelando que seu pai
foi levado e ela escapou por sorte. Ela então, decide ir em busca do tomo
mágico (que agora se sabe onde está), mas não antes de tentar convencer Nobita
a ir com ela, que por sua vez, foge da demanda – Nobita pode até ser burro, mas
não é idiota.
Bem, essa visão muda rápido, porque mais na frente
Nobita e seus amigos, decidem ir ajudar a Miyoko por meio de uma porta mágica
de teleporte (lembrei de Monstros S.A.). Todos são jogados no meio da aventura
até que após uma fuga dos demônios, as quatro crianças com exceção da Miyoko, caem
numa caverna sinistra e acabam encontrando o tomo mágico.
Logo eles voltam, encontrando Doraemon e
Miyoko. É aí que (pasme)a Miyoko se revela ser na verdade a Medusa – pense numa
raiva que dá. Medusa precisava que os humanos encontrassem o tomo, pois os
demônios não podiam atravessar a barreira da caverna. Foi exatamente aqui que
eu comecei a achar o filme interessante, apesar de os mistérios começarem lá no
início.
Apesar de tudo, a esperança ressurge
quando eles descobrem que o tomo mágico, na verdade, havia sido divido em duas
metades, e logo descobrem que a Miyoko tinha sido transformada num rato, e sua
face verdadeira se revela na luz da lua. E todos (e a Miyoko de verdade)
decidem (de novo) irem ao planeta diabólico salvar o pastor Mangetsu - e salvar o mundo também.
Chegando lá, todos com exceção de Nobita e
Doraemon, são aprisionados pelo Rei demônio – quem diria que cinco crianças
seriam páreo para o rei dos diachos.
Enfim, Nobita que conseguiu fugir com Doraemon, reconhece que tudo ali é culpa sua, pois nem sequer podiam voltar para casa, já que tinham perdido no lixo o orelhão do faz de conta.
Mas aí,
como um “deus ex machina” Doraemon sugere utilizar a máquina do tempo - e a bagunça está prestes a começar.
Pois é isso mesmo que você está lendo, uma
história infantil com demônios, pactos, sem-vergonhice, universos paralelos e viagens no tempo...
loucura total isso aqui.
Eles decidem voltar ao dia em que pediram pelo
mundo mágico no orelhão do faz de conta, e evitar tal pedido, mas a Medusa os
persegue pelo fluxo temporal e os transforma em pedra. Isso mesmo, aquelas
mesmas que surgiram no início e Doraemon os guardou no bolso futurístico. Eu falei que elas seriam importantes.
Enquanto isso, no planeta diabólico, as
crianças aprisionadas se encontram com o pastor Mangetsu e todos permanecerão
ali para sempre – ou até que sejam mortos pelo Rei demônio. Lá, os demônios os
contam que seus amigos foram transformados em pedra e a Medusa enviada para a Lua
para apagar o poder mágico e deixar a Terra sem proteção.
Mas nem todo final é ruim, Nobita e
Doraemon (petrificados no início) são reanimados por Dorami, irmã do Doraemon,
que os encontrou no bolso futurístico dele da linha temporal seguinte, perdidos
na quarta dimensão ali dentro. Confuso? Um pouco.
Por sorte, Dorami também tem um orelhão do
faz de conta, assim eles podem voltar para o mundo original. Dito isto, chega
ao fim Doraemon: Nobita e os sete magos, apesar de eu não ter encontrado os
sete magos do título.
Peraí...termina assim?
Não exatamente. O filme vai além disso.
Mas para não estender demais essa publicação eu vou fazer um anexo no próximo
post. Pra saber como termina essa história incrível, eu te conto na próxima
publicação, muito em breve.
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Antes de encerrar, alguém que assisti ao
filme consegue me dizer quando a Medusa voltou para o mundo mágico logo após
transformar os protagonistas em pedras, já que para isso, precisaria entrar no
fluxo temporal dentro da gaveta da estante do Nobita!?
E mais importante: alguém consegue me
dizer quem são os sete magos do título? Inclui o Doraemon? Inclui o pastor
Mangetsu? Como é que é?
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♦ Curiosidade: Já no início do filme, eu
acredito ter havido um erro na dublagem, pois o (então) professor Mangetsu está
dando uma coletiva à imprensa, quando um dos jornalistas o chama de “pastor”,
mas na verdade, aquele era o mundo real ainda, e seu cargo era
astrofísico/cientista, tendo recebido tal agnome (pastor) apenas com a inversão para o
mundo mágico.
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☺ Ei, #KAnota aí que no próximo post
continuarei com o final original dessa história. Vai ter mais #paporeptil.
Two c!
---comente e compartilha, aqui não tem
como dar like.
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